domingo, 1 de abril de 2012

Liturgia: Preparar para Celebrar‏.



por Rev.Lauri Wollmann

Ao preparar uma celebração é preciso ter em mente o seguinte: Não pode haver celebração li-túrgica sem ação do Espírito Santo. O mistério da Páscoa de Jesus que celebramos é fruto do Espírito que fez Jesus levar até o fim a vontade do Pai."

È importante não esquecer que a celebração da Eucaristia é sempre a memória de tudo aquilo que Jesus fez. É a atualização do mistério da nossa redenção. A liturgia precisa manifestar o mistério e nesta manifestação deve entrar a nossa vida.

Ao preparar uma celebração é importante a equipe seguir os passos a seguir descritos.

1. Orar pedindo as luzes do Espírito Santo

Não existe celebração litúrgica sem a ação do Espírito Santo. O mistério da Páscoa de Jesus que celebramos é fruto do Espírito que impulsionou Jesus a realizar a vontade do Pai até as últimas conse-qüências (Cf Hb 9,14)

2. Avaliar a celebração passada

Para avaliar, não basta perguntar "o que deu certo" ou "o que não funcionou". É bom se pergun-tar a partir da assembléia e não a partir da própria equipe. A equipe deve sentir-se participante e não produtora de eventos. Para facilitar a avaliação seria importante algum membro da equipe participar da celebração do meio da assembléia.

Perguntas que podem ser usadas na avaliação: A celebração foi um fato marcante? A assembléia foi envolvida? Os cantos, os símbolos, os ritos, as orações ajudaram a expressar o mistério?

Houve sintonia entre assembléia e equipe? Entre assembléia e presidente? Equipe e presidência? Sentimos prevalecer um clima de oração na nossa celebração? Os(as) ministros(as) agiram do jeito de Jesus? Como entrou na celebração a vida da comunidade e das pessoas? (doentes, sofrimentos, alegri-as, etc...)

3. Situar a celebração, que vai ser preparada, no tempo litúrgico:

Não esquecer que o fundamento de toda a ação litúrgica é o Mistério de Jesus Cristo: sua vida, paixão, morte e ressurreição. É importante ter presente a novidade deste mistério em cada tempo. (qua-resma, páscoa, advento, natal, etc...) Colocar estes mistérios na vida da gente. Quais acontecimentos marcantes da nossa comunidade precisam ser lembrados nesta celebração? (dia das mães, do professor, do médico, ... morte, nascimento, batizado, formatura, etc ...)

4. Fazer a experiência da palavra:

Ler os textos bíblicos do dia, aprofundar os textos dizendo o que cada um entende deles, trazer os textos para suas vidas. É importante ler os textos, meditá-los a partir do mistério de Jesus e confon-tá-los com a nossa vida. É bom ir se perguntando: Quem são os personagens? O que falam? Para quem falam? Qual a boa notícia que Jesus está trazendo? Qual a imagem pascal que aparece no texto?

5. Escolher os cantos:

Alguns que acompanham o rito e outros que fazem parte do rito. Lembrar-se sempre que os can-tos não são momentos para quebrar a monotonia da celebração, mas devem ajudar a dar continuidade, a fazer ligação de uma parte à outra do mistério que celebramos.

6. Exercício de criatividade:

Sem se preocupar muito com a seqüência, as pessoas vão dando idéia do que pode ser feito na celebração. (Gestos, símbolos cantos, jograis, encenações, procissões, dança, etc ... ). Num segundo momento retomar as idéias e por em ordem. Começando pela liturgia da Palavra. Saber que a Palavra é que dá a novidade da celebração. Cada domingo é diferente. Em seguida ir para liturgia de ação de graças (que é o momento logo após o ofertório e antes do Santo).

Depois partir para o Rito da comunhão. Qual vai ser o canto. Finalmente os ritos iniciais e finais (como vai ser a acolhida, a procissão de entrada, onde entra a recordação da vida, etc...). No final pre-ver os avisos, homenagens, membros da comunidade, etc... a bênção e o canto final.

7. Distribuir as responsabilidades:

Quem vai fazer o que? Ministros, leitores, cantores, procissões etc... Ter sempre presente que aquele que exerce um ministério litúrgico, o faz seguindo o exemplo de Cristo servidor de todos. Nun-ca deixar para última hora. Nos casos de procissões, encenações e outros gestos marcar sempre um ensaio.

8. Funções indispensáveis na equipe:

Comentarista, leitores, salmista, intercessor, cantores, instrumentistas, recepcionistas, responsá-vel pelas ofertas, ministros da eucaristia, etc...

9. Preparar o lugar da celebração:

A ornamentação, o som, o altar, os livros e vestes litúrgicas, os vasos sagrados, (cálice, etc ...)

10. Preparar e preparar-se para a celebração.

Investir tempo, recursos financeiros, estar disposto, acolher com carinho, sentir que se está ali para servir em nome do senhor, que a Igreja é de toda a comunidade. Nós respondemos ao chamado do Senhor estamos ali para celebrar juntos, prestando um serviço tão nobre, importante e evangelizador, como membro da Igreja de Jesus.

Alguns lembretes:

• A liturgia é um ato público que tem como centralidade louvar a Deus pela Vida de cada pessoa presente.
• A liturgia é composta de ritos, isto é, um conjunto de sinais, gestos, palavras, símbolos, can-tos...
• O LOC e o hinário não são liturgia; são instrumentos a serviço da liturgia.
• O centro da liturgia é o mistério pascal de Jesus.
• Liturgia é a oração do povo de Deus feita com a participação de todos.
• Liturgia não é fazer sempre igual, mas e recriação da vida.

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