terça-feira, 25 de outubro de 2011

O que é um Bispo?



Por Leandro Antunes Campos*

Bispos como são conhecidos na IEAB emergiram nos tempos do Novo Testamento. Eles eram chamados pelo título de “episkopos”, uma palavra grega que significa “supervisor”. A Comunhão Anglicana hoje ensina que nós podemos traçar uma linha direta desde os primeiros supervisores da igreja até os bispos atuais. Os supervisores originais na igreja foram escolhidos pelos Apóstolos escolhidos por Jesus, os quais foram chamados para seguí-lo, e a quem Ele ensinou sua mensagem, e a quem Ele preparou para liderança.

Como nós sabemos, os primeiros seguidores de Jesus vinham do judaísmo. Mas a mensagem do evangelho mais e mais rapidamente começava a tocar a vida deles, especialmente através do ministério de São Paulo, o apóstolo dos gentios, pessoas de diferentes contextos e a grande expansão geográfica atraíam novas pessoas a fé cristã. Este crescimento não só adicionava problemas teológicos e organizacionais complexos, mas também compartilhava as responsabilidades na comunidade cristã e criava a necessidade por mais lideranças. Pessoas de profundo valor e posição de liderança eram escolhidas para assistir aos Apóstolos e seus sucessores com a passagem da fé para as novas gerações. Por volta do século 2, entretanto, menos mulheres foram sendo ordenadas para posições de lideranças na igreja. Esta exclusão permaneceu na Igreja até o final do século 20, mas as mulheres são novamente bem vindas a todas as ordens clericais, incluindo o ofício de Bispo (Episcopisa).

A Igreja ensinou que desde o princípio aqueles apóstolos e aqueles líderes que vieram depois deles são os chefes dos pastores da comunidade cristã, os chefes dos mestres, e os guardiães da unidade da igreja. Nós temos bispos na IEAB hoje porque nós acreditamos que eles são importantes para o governo e administração dos negócios da igreja de acordo com as normas e tradições inauguradas pelo próprio Cristo.

Hoje o ofício de bispo carrega um amplo leque de responsabilidades, incluindo a defesa da integridade da fé, confirmar e receber novos membros na igreja, ordenar e prover cuidado pastoral para presbíteros e diáconos em exercício, prover as lideranças na comunidade, administrar os negócios da diocese, e participar nas discussões da Comunhão Anglicana, nacional e mundialmente.

Tradução livre. Diocese de Virgínia.

*Presbítero da Diocese Anglicana de São Paulo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ENTENDENDO A FÉ

D. Laurence Freeman, OSB.
Tradução de Roldano Giuntoli

Em lugar de dedos que apontam para a lua, a doutrina ou o dogma viram-se para trás apontando para si mesmos. Tudo aquilo que questiona a crença, é então percebido como ameaçador, e aquilo que ameaça pode exalar um tipo de estranheza ou ameaça que incita o medo.
“Eu sou aquilo que eu acredito” é um princípio tão perigoso quanto “existo porque eu penso”. Então, aquilo que quero, ou tento, acreditar constitui minha identidade, meu eu, e assim, porque acredito nessas doutrinas, eu sou um cristão. Outras pessoas que não acreditam nessas declarações específicas são “não-crentes”. A crença na verdade, pode ser forte e verdadeira. Podemos ser leais a nossas convicções, e morrer defendendo o sistema do qual elas fazem parte. Todavia, esse tipo de convicção, aquela pela qual poderíamos morrer, deveria surgir a partir da experiência da fé, e não do medo de uma identidade ameaçada e insegura. Por que morrer, ou atacar outras pessoas, apenas com respeito a fórmulas verbais? Enquanto pensamos na fé como sendo constituída por convicção, falta-nos a dimensão completa da mente de Cristo.
Esta é a mente “católica” que, intrinsecamente, busca incluir e integrar, em lugar de excluir e condenar, sempre que se encontra com diferentes expressões de crenças que trazem à tona a incerteza natural em nosso próprio sistema. Percebemos que existem crenças em diferentes caminhos, e que outras pessoas sustentam as suas, tão sinceramente quanto sustentamos as nossas. Sem a fé, isso nos fará sentir dolorosamente ameaçados. Quando reagimos a partir de nossa própria insegurança, nós cristãos frequentemente descrevemos os devotos seguidores de outras religiões como não-crentes, apenas porque eles possuem diferentes crenças.
As diferenças, assim como os opostos, em última análise, resolvem-se apenas em Deus, que é infinitamente simples, o suficiente para contê-las todas. Apenas em Deus podemos encontrar os outros, e é no nível da fé, e não no da crença, que esse encontro ocorre.
As diferenças, assim como os opostos, em última análise, resolvem-se apenas em Deus, que é infinitamente simples, o suficiente para contê-las todas. Apenas em Deus podemos encontrar os outros, e é no nível da fé, e não no da crença, que esse encontro ocorre.

Fonte: site da Comunidade Mundial de Meditação Cristã http://www.wccm.com.br/index.htm

A Congregação dos OBLATOS ANGLICANOS DE SÃO BENTO (OASB)




Quem somos

Um grupo de cristãos, no povo de Deus, dentro da tradição anglicana, integrado por leigos e ministros ordenados, que por meio de sua oblação pessoal e voluntária comprometem-se a seguir nas devidas proporções a Regra de São Bento e os próprios Estatutos, sob a guia de nosso Prior e em comunhão fraterna com os demais membros do grupo, procurando tornar realidade em nossas vidas o lema básico dos beneditinos no mundo inteiro : ORAÇÃO E TRABALHO.
Esses dois pilares são interdependentes e simultâneos, conformando a vida pessoal e comunitária dos membros da Congregação.

Objetivos da Congregação

+ ORAÇÃO, com o sentido de Adoração, Louvor e Gratidão ao Senhor, e que se expressam na vivência de uma piedade Cristocéntrica e Trinitária, no amor e cultivo das Santas Escrituras e em todas as formas da Liturgia.
+ TRABALHO, com o sentido de cultivo da asceses e disciplina pessoais, para que junto com os demais membros da congregação, possamos servir e colaborar com todos os membros da Igreja na tarefa de transformação do mundo conforme os planos de Deus. Na visão beneditina, o trabalho é considerado extensão da obra de Deus e uma possibilidade de realização do ser humano no cumprimento de seu chamamento por Deus. Por isso, o oblato testemunha sua vocação e missão tornando cada lugar de atuação uma ''Igreja doméstica''.
Oração e Trabalho, os dois pilares da vida beneditina, tem como finalidade fazer, nas palavras de São Bento, que '' em tudo seja Deus glorificado''(RB 57,9)

Onde estamos

O núcleo da Congregação está na Diocese Meridional da IEAB (onde nasceu), e em 22 de junho de 1998 sua presença e trabalho foi autorizado na Diocese Sul-Ocidental, mas há membros também em outras dioceses da IEAB, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pelotas.

http://dm.ieab.org.br/ministerios/04_ordens_beneditinos.html